Seminário de Mobilização para os Ecossistemas de MontanhaAno Internacional das MontanhasAgenda 21, Capítulo 13Links da Montanha



RESUMO PARCIAL
Experiências a serem apresentadas no Seminário

Título: Análise do Parque Estadual da Pedra Branca (RJ) por geoprocessamento: uma contribuição ao seu plano de manejo.

Autor: Nadja Maria Castilho da Costa

Profa. Adjunta do Depto. de Geografia da UERJ

Objetivos e Metodologia: A presente pesquisa procurou contribuir para a realização do plano de manejo da segunda mais importante Unidade de Conservação do município do Rio de Janeiro: Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB), alicerçada nas diretrizes gerais de manejo estabelecidas pelo IBAMA. Para sua realização utilizou-se poderosa técnica de geoprocessamento, com metodologia de Análise Ambiental, desenvolvida pelo Laboratório de Geoprocessamento da UFRJ – LAGEOP e denominada Sistema de Análise Geo-Ambiental – SAGA, permitindo realizar várias análises sobre uma base de dados georreferenciada, previamente inventariada e armazenada, sob a forma de mapas digitais temáticos.

Sobre esses mapas foram realizadas avaliações ambientais. Elas identificaram situações de riscos (deslizamentos e desmoronamento, desmatamentos e incêndios), potenciais (expansão urbana desordenada, ecoturismo e lazer) e impactos ambientais. A partir delas, foi possível definir unidades de manejo ambiental, considerando a possibilidade de avanço da expansão urbana sobre as áreas legalmente protegidas, mais vulneráveis a impactos e/ou de maior potencialidade para a proteção e desenvolvimento de atividades econômicas.

Resultados obtidos: As vertentes leste, sul e parte da vertente oeste do maciço da Pedra Branca se destacam por abrigar remanescentes da Mata Atlântica que devem ser protegidos, ao mesmo tempo em que devem ser mostrados como recursos da natureza, dentro da ótica do ecoturismo controlado, gerador de emprego para a população residente e recursos para a própria Unidade de Conservação. Por sua vez, as encostas mais degradadas e densamente ocupadas da vertente norte, devem ser manejadas no sentido de conter o avanço populacional e substituir as atividades econômicas atualmente desenvolvidas, por outras ecologicamente corretas.

Problemas identificados: Os problemas identificados na UC perpassam pela degradação generalizada dos seus recursos naturais, por atividades agropastoris (particularmente cultivo de banana) e avanço contínuo da ocupação humana para o seu interior.

Dificuldades encontradas: As dificuldades encontradas para realizar a presente pesquisa foram, principalmente, a falta de recursos financeiros e apoio logístico precário.

Eixo temático: Conservação da biodiversidade.

 

Título: Alto da Santa Clara

Autores: Maria Lucia Abaurre Gnerre - Unicamp

Gustavo César O. Baez - Guia Regional / SENAC / Resende

Marco Aurélio Zakir - Técnico em Gestão de Unidades de Conservação. Os Autores são moradores do Vale da Santa Clara e amantes das montanhas.

Objetivos: Nosso principal objetivo é por em prática numa região montanhosa de enorme valor em beleza natural e recursos hídricos, ações integradas de Interpretação ambiental por métodos diretos e indiretos. O vale da Santa Clara possui ainda, grande valor cultural e histórico para a região de Visconde de Mauá, pois pelas belíssimas trilhas da região dos Brejos e Morro Cavado (que perpassam a área do PNI) cruzam os tradicionais produtores de queijo das terras altas da Mantiqueira. Levantamentos de História Oral sobre trilhas e fazendas vem sendo feitos, e este valor histórico-cultural deve ser incorporados ao projeto. Logo, nosso objetivo é essencialmente elaborar no vale e nas regiões altas, um programa piloto de visitação a determinadas trilhas, através da capacitação especial de moradores da região para atuar como guias e interpretadores ambientais, a começar pelos próprios autores deste projeto. A visitação deverá ser agendada para pequenos grupos. O objetivo da interpretação ambiental é desenvolver uma atividade pontual para permitir a reconstrução dos nexos homem-homem, homem-natureza, através de um conjunto de técnicas que ampliam as possibilidades do visitante de não apenas fazer uma incursão de lazer ou aventura particular, mas de integrar o visitante com assuntos de interesse coletivo, como a importância da montanhas, da mata atlântica e campos de altitude, e da agenda 21.

Metodologia utilizada: Pretendemos utilizar os métodos de interpretação ambiental, aliados a métodos específico desenvolvidos para a ação do guia de turismo. A I.A. se vale da sensorialidade humana para facilitar o entendimento da relação homem- meio-ambiente, tendo em vista sempre uma mudança de atitude. Os principais métodos personalizados que propomos são caminhadas conduzidas e excursões. Como métodos impessoais, painéis e letreiros (discretos e em harmonia com o meio), além de exibições e displays, o que dependerá do capital que será disponível.

Resultados obtidos: por ser um projeto em elaboração, por enquanto só se obteve o envolvimento de alguns agentes locais com a idéia.

Problemas identificados: O principal problema na região da Santa Clara, tem sido a falta de qualidade da atividade turística que vem sendo desenvolvida em Visconde de Mauá. Espera-se gerar maior interesse pelo ecossistema do vale como um todo, não apenas por pontos específicos do rio: As cachoeiras, geralmente superpovoadas em feriados.

Dificuldades encontradas: no momento, o planejamento e capacitação adequada para inicia-la.

Eixo Temático: Proteção dos ecossistemas frágeis de montanha e promoção do bem-estar , modos de vida tradicional e oportunidades para as populações de montanha.

 

Título: Programa Nazareno Verde

Autores: FERREIRA, R.R.M(1); FERREIRA, V.M (1); RIBEIRO,M.T.F (2).; SILVA,M.L.N (3).; FERREIRA, L.R.M(1).; SILVA,F.(1)

(1) Programa Nazareno Verde- Prefeitura Municipal de Nazareno- Fundo Nacional do Meio Ambiente- Ministério do Meio Ambiente

(2) Universidade Federal da Bahia (UFBA)- Departamento de Administração e Economia

(3) Universidade Federal de Lavras (UFLA)- Departamento de Ciência do Solo

Contato: Rogério Resende Martins Ferreira -vocorocas@navinet.com.br

Objetivo Geral:

Sensibilização ambiental e redefinição da relação solo- sociedade

Melhoria da qualidade de vida e construção da cidadania

Objetivos Específicos:

Estabilização demonstrativa de uma voçoroca, a partir de práticas locais e acessíveis aos pequenos agricultores

Elevação da auto-estima através da integração das pessoas marginalizadas ou excluídas com possibilidades de geração de renda

Interação entre os conhecimentos científicos e os saberes locais, gerando técnicas de intervenção no meio ambiente

Metodologia Utilizada: Na busca de soluções o Programa Nazareno Verde está consolidando suas parcerias, com a percepção de que toda a sociedade é responsável pela recuperação ambiental, devendo assim, colaborar nesse processo, de acordo com suas competências, dividindo responsabilidades, inclusive de caráter financeiro. Diversos atores relevantes devem ser considerados nesse processo: Ministério do Meio Ambiente, Universidade Federal de Lavras, Universidade Federal da Bahia, Universidade Metodista de Piracicaba, Universidade de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais, Centrais Elétricas de Minas Gerais, ONG TORBA Sols&Sociétés.

A metodologia de trabalho privilegia a organização participativa da comunidade e a interação entre as instituições comprometidas com o desenvolvimento sustentável e solidário. Para compreensão dessa realidade o método adotado é a pesquisação (Thiollent,1988).

A estratégia permite avançar no incerto e no aleatório por causa da complexidade. Logo, a estratégia é utilizar as informações que aparecem na ação, integrá-las, formular esquemas de ação e estar apto a renunciar ao máximo de certezas para enfrentar as incertezas.

A compreensão conjunta da realidade histórica e dinâmica é a base para a definição das formas de intervenção e mudança. Tendo como base essa metodologia o projeto implantou sistemas de monitoramento e construção de indicadores que levam em conta a complexidade das dimensões: ético; técnico ecológico; sócio-econômico; jurídico e político-cultural.

Resultados Obtidos: Os resultados levam em consideração as perspectivas e encaminhamentos conduzidos pela comunidade local de acordo com a sua dinâmica própria. No campo do reconhecimento social, vale ressaltar as conquistas: Prêmio Gestão Pública e Cidadania 2001, uma iniciativa da Fundação Getúlio Vargas, Fundação Ford e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Estudo de caso no Seminário "Salvem nossos solos para salvar nossa sociedade- SOS2" a convite da Fundação Charles Leopold Mayer (Paris) e Universidade Agropolis Montpellier- França .

Principal dificuldade : Falta de financiamentos específicos ao recurso solo a nível governamental e não governamental

Eixo Temático: Proteção dos ecossistemas frágeis de montanha

 

Título: Projeto Infotrilhas

Autor : Flávio Zen – IERJ

Contato / (21) 2696 4101 - 9912 2416 e-mail: flzen@yahoo.com.br

Objetivo: Educar o usuário sobre o impacto do uso intensivo das trilhas e montar um banco de voluntários para iniciativas futuras de recuperação e demais mutirões.
Metodologia utilizada: Confeccionado um site para divulgação da proposta e captação dos informes através de formulário próprio e apresentação dos resultados. O segundo passo é o estabelecimento de parcerias com empresas de ecoturismo, associações de montanhismo, clubes excursionistas e unidades de conservação. O terceiro passo é a disponibilização dos informes e o estímulo às atividades de recuperação.
Resultados Obtidos: O projeto foi lançado em meados de abril, ainda sem avaliação de resultados.
Problemas Identificados: Erosão em canal e sulco no leito das trilhas, presença constante de degraus e comprometimento de vegetação marginal e lixo.
Dificuldade encontrada: Dificuldade do usuário em reconhecer o impacto que pode causar x responsabilidade com preservação. Despreparo das unidades de conservação em receber e participar de iniciativas deste tipo. Desinteresse das empresas em participar com medo do acompanhamento redundar em restrições para o uso dos atrativos.
Eixos temáticos:    Proteção dos ecossistemas frágeis de montanha

Título: Recuperação de fragmentos da Mata Atlântica (MA) em Morros de SC

Autor e Contato: Gert Roland Fischer - Eng. Agrônomo e gestor ambiental -

ambiente@ekolink.com.br - Fone 47 436 0647

Objetivo: O projeto iniciado em 1979, com investimentos superiores a US$ 200.000,00 - Duzentos mil dólares americanos, objetivou restaurar a MA transformando 75 ha em áreas de captação de águas da chuva, tornando-as produtoras de água doce.
Metodologia utilizada: Foram utilizadas 150.000 mudas nativas da MA  regional no viveiro do autor localizado em Joinville e transportadas para Guaramirim-SC onde se localizam os projetos AFRICANUS e Caixa D'água. 36 espécies de valor econômico e biológico foram selecionadas para a introdução que se desenvolveram diferentemente nos cenários selecionados. Houve acompanhamento dos plantios de forma expedita. O desinteresse de pesquisadores da área de florestas, impossibilitou o autor a coletar e disponibilizar os resultados alcançados de forma acadêmica para a sociedade brasileira.

Os plantios alcançaram resultados e sucessos impressionantes. Encontram-se à disposição de pesquisadores e interessados em trabalhos de graduação e pós, exigidos pelas escolas de engenharia florestal, engenharia ambiental, biologia, etc.
Resultados Obtidos: Os dois projetos resultaram na recomposição total da floresta e de seus habitantes silvestres. Promoveu equilibradamente a função ecológica de alimentar e proteger a fauna e ictiofauna. Os dois morros são hoje produtores de água doce, atendendo aos anseios de agricultores e criadores de peixes, que passaram a utilizar a água produzida nos projetos. As atividades econômicas dos agronegócios foram garantidas de forma sustentada, atendendo aos preceitos da Agenda 21.

Problemas Identificados: Os grandes problemas encontrados nessa caminhada inglória de recuperação de Morros depredados foram e são:

  • Caçadores que invadem as áreas de experimentos destruindo o trabalho e causando danos aos animais silvestres.
  • A  institucionalização do roubo de palmitos, gerada pelo decreto 750 do IBAMA, causando danos irrecuperáveis aos bancos genéticos criados,
  • Inúmeras ações e cooptação do experimento foram graciosamente oferecidas pelas autoridades ambientais penalizando o pequeno agricultor familiar de montanha, no uso racional da biomassa para sobreviver.
  • O desamparo e insensibilidade oferecidos pelas autoridades florestais em SC prejudicaram em muito o desenvolvimento do projeto para beneficio da sociedade de contribuintes

Dificuldade encontrada:

  • Falta de reconhecimento dos projetos por parte das autoridades e instituições oficiais.
  • A falta de sensibilidade das escolas de engenharia florestal que não apoiaram estagiários que necessitavam realizar trabalhos de pesquisa nestas duas áreas de recuperação ambiental.
  • O desanimo que esta situação causou ao investidor que não entendeu por que as instituições de ensino não aceitaram parcerias propostas que beneficiariam o nível de entendimento do funcionamento do ecossistema e produtor de água doce.


Eixos temáticos:

 

1.      Alívio da pobreza e da fome;
2.      Proteção dos ecossistemas frágeis de montanha;
3.      Conservação da biodiversidade;
4.      Promoção da paz e da estabilidade;
5.      Promoção do bem estar, modos de vida tradicionais e oportunidades

         para as populações de montanha;
6.      Ajuda às comunidades de montanha na participação das decisões que

        afetam a sua vida e das futuras gerações

7.      produção sustentada de água doce

Os projetos foram selecionados e laureados com o premio Von Martius em 2001, promoção da Câmara de Ind. & Com. Brasil – Alemanha na categoria Natureza.

 

Título: Composição de espécies de roedores e marsupiais no sudeste do Brasil: efeitos altitudinais e climáticos

Autores:

Helena de Godoy Bergallo1, Tatiana T. Ribeiro1, Renato Mangolin1, Lena Geise1 & David Bossi2.

1 – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2 – Universidade Estadual de Campinas.

Contato: rmangolin@hotmail.com

Objetivos e Metodologia: Este trabalho teve como objetivo descrever a composição das comunidades de pequenos mamíferos em uma porção de Mata Atlântica avaliando a similaridade de espécies em áreas próximas e áreas distantes, mas com altitudes semelhantes, e analisando a variável climática afetando os índices de similaridade nestas áreas.

Os dados foram obtidos de estudos já publicados pelos autores somado de dados ainda não publicados. Essas coletas foram realizadas em 14 pontos diferentes na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, variando sua altitude desde o nível do mar até 2400 metros. Cada local foi amostrado com um mínimo de 700 armadilhas por noite. A média dos fatores climáticos foram obtidos através do Instituto Nacional de Meteorologia.

Resultados Obtidos: Os resultados mostraram que a composição das comunidades de pequenos mamíferos variava com a altitude. Na faixa entre de 900 e 1000 metros a diversidade da comunidade era maior que nas regiões acima e abaixo desta faixa de altitude. Os fatores climáticos umidade e temperatura decresceram com a altitude. Estatisticamente, esses fatores explicaram a similaridade das espécies.

Eixo Temático: Conservação da biodiversidade.

 

Autor e Contato: Luis Midéia - Fundação Matutu - Fundação Matutu

fundacao@matutu.org.br

Resumo: Tendo como propósito viver em comunidade, em harmonia com a natureza, criando condições para a realização espiritual dos indivíduos e possibilitando a multiplicação de nossa experiência de desenvolvimento sustentável, um grupo de migrantes urbanos iniciou há 18 anos atrás a mobilização e o assentamento de uma comunidade e seu intercâmbio cultural e econômico com a população tradicional do local, em uma área que contempla atividades agrossilvícolas, artísticas, educacionais, ecoturísticas e preservacionistas. Como resultado foi estabelecida uma Reserva Natural de aproximadamente 3000 ha que abriga inumeráveis nascentes e ecossistemas de altitude e uma aldeia que desenvolve um embrião de economia solidária e cooperativa, apoiado pela ética social e ambiental, e que irradia sua influência para todo entorno das Unidades de Conservação vizinhas. Os desafios relativos ao reconhecimento, por parte da sociedade e do governo, desse novo tipo de assentamento humano e acesso restrito a recursos financeiros que façam frente a transição do sistema capitalista para a auto-suficiência rural foram até hoje os principais problemas enfrentados, sendo nossa maior dificuldade para realizar a experiência a hetereogeneidade do grupo que, formado por diferentes habilidades, níveis sociais e idades, trouxe ao mesmo tempo nossa maior riqueza.

Local da experiência: Matutu, vale aos pés da Serra do Papagaio, situado no município de Aiuruoca, MG.

Resultados obtidos: Uma Unidade de Conservação Transdiciplinar, voltada para a sustentabilidade e o aprimoramento humano em seus diversos aspectos.

 

Autor e Contato: Maria Cristina Weyland Vieira - Instituto Sul Mineiro

institutosulmineiro@yahoo.com.br

Objetivo: Conscientização ecológica da comunidade regional sul-mineira.

Metodologia: Excursões de campo em reservas florestais.

Dificuldades Encontradas: Falta de recursos para desenvolver o programa e para escolas visitarem as reservas florestais e o centro de pesquisas.

Local da experiência: Fazenda Lagoa - Monte Belo - MG

Resultados obtidos: Já foram criados 4 grupos de jovens ecologistas na região. Dois permanecem em atuação.

 

Título: Cursos de Educação ao Ar Livre – Outward Bound Brasil

Autor e Contato: Maria Isabel Amando de Barros - Outward Bound Brasil - isabelbarros@obb.org.br

Objetivo: A missão da OBB é: "Promover e conduzir programas experienciais seguros baseados na aventura, que inspirem auto-estima, auto-conhecimento, auto-confiança, responsabilidade, ética ambiental e liderança voltada à comunidade"

Metodologia: Os cursos da OBB utilizam como "salas de aula" os ambientes naturais remotos (Chapada Diamantina, montanhas da Serra da Mantiqueira, por exemplo ) e
como instrumentos de ensino as técnicas de trekking, escalada, canoagem e
camping. Os cursos desenvolvem-se em formato de pequenas expedições com
duração de 3 a 20 dias, nos quais, instrutores altamente capacitados ensinam
e auxiliam o grupo de alunos a percorrer trajetos ambiciosos através dos
ambientes naturais remotos, transferindo-lhes gradativamente as
responsabilidades e decisões quanto aos trajetos a percorrer, escolhas dos
locais para pernoite, alimentação, etc.
Ao longo dos cursos e seus trajetos, cada grupo acaba por formar uma
dinâmica social muito intensa, e neste contexto, muitos conteúdos
educacionais são abordados e desenvolvidos. Solidariedade, responsabilidade,
compaixão, educação ambiental ( as técnicas de Leave No Trace - Não Deixe
Rastros ), auto-conhecimento, liderança, higiene e cuidados com o corpo,
auto-suficiência, técnicas de vida ao ar livre, comunicação, trabalhos
comunitários, estão entre os muitos conteúdos pedagógicos de um curso
Outward Bound.
Resultado obtido: Em seu primeiro ano de trabalho no Brasil, a OBB já proporcionou cursos a 250 crianças, adolescentes e adultos, muitos dos quais bolsistas indicados por creches e lares para jovens. Entre os adultos, recebemos educadores de jovens em risco social, que passaram a reproduzir o que aprenderam conosco em seus ambientes de trabalho. As avaliações posteriores aos cursos são extremamente positivas.
Dificuldade encontrada: A educação ao ar livre não é uma metodologia muito difundida no Brasil e entre as nossas maiores dificuldades estão:

  • a busca pela sustentabilidade financeira;
  • o acesso a áreas naturais remotas.

Eixos temáticos: Promoção da paz e da estabilidade;

Autor e Contato: Brenner Stefan Gomes Silva - INPE - brenner@ltid.inpe.br

Resumo: Análise exploratória de variáveis ambientais (hidrografia, pedologia, cobertura da terra e irradiância) em ecossistemas montanhosos para seleção de bacias ideias onde poderão ser instaladas parcelas permanentes. Parcelas como estas são utilizadas para se obter índices de sítio, necessários a um correto manejo ambiental, e o estudo de impacto de mudanças climáticas.

Local da experiência: Serra da Mantiqueira (P.E. Campos de Jordão e P.N. Itatiaia)

Resultados obtidos: Mapeamento de bacias ideais para implementação de parcelas permanentes, segundo as variáveis ambientais analisadas.

 

Título: A montanha e a formação da consciência humana - o papel espiritual e terapêutico das montanhas na história humana.

Autor e Contato: Evandro Vieira Ouriques - Centro de Estudos Transdisciplinares da Consciência / Escola de Comunicação / UFRJ

Resumo: Apresentação dos resultados de pesquisas sitemáticas nas e com as montanhas a respeito do seu papel na formação da consciência. As implicações filosóficas e psicológicas do "modo de ser absoluto" das montanhas. O resultado de grupos de crescimento realizados em imersões na "unidade sagrada da montanha" e na "Mãe Natureza".

Local da experiência: Montanhas do Brasil e Exterior

Resultados obtidos: serão apresentados na ocasião

Autor e Contato: Vinícius de Melo Benites - vinicius@ cnps.embrapa.br

Resumo: Foram estudados os solos e sua relação com a vegetação em 10 unidades de conservação ao longo da Mantiqueira e do Espinhaço, todas representadas por vegetação rupestre de altitude. Os resultados mostraram um importante papel dos solos no controle da vegetação e diferentes adaptações da vegetação a condições de deficiência hídrica e nutricional. Estas adaptações levaram a criação de um banco genético de fundamental importância para obtenção de informações sobre a relação solo e planta. Aspectos da matéria orgânica do solo indicaram alta mobilidade de compostos solúveis associados a elementos como ferro e alumínio, o que causa a coloração escura das águas superficiais, especialmente em áreas quartzíticas. A presença de elevados teores de matéria orgânica pirogênica nos solos sugere sucessivos ciclos de queima no passado e mostra a importância destes compostos na manutenção da fertilidade e sustentabilidade da produção biológica.

Local da experiência: Unidades de Conservação na Mantiqueira e Espinhaço

Resultados obtidos: Tese de Doutorado e artigos científicos sobre a relação entre solos e a cobertura vegetal e o papel da matéria orgânica na gênese de solos em áreas de vegetação rupestre de altitude.

Autor e Contato: João Tavares, ONG Planeta Vivo- Instituto de Desenvolvimento Sustentável - planetavivo@nitmail.com.br
Resumo: Criação e Implantação Da RPPN Gaia a 1400 m de altitude, no entroncamento de 3 municípios: N.Friburgo, Bom Jardim, Trajano de Morais - primeira em toda a região.
Desenvolvimento de projetos de des. sustentável
Nosso site :
www.planetavivo.org. br explicita o histórico e todo o trabalho
Dificuldade encontrada: recursos
Eixos temáticos: Conservação da biodiversidade; Proteção dos ecossistemas frágeis de montanha; Ajuda às comunidades de montanhana
Local da Experiência: Boa Esperança - Lumiar - N.Friburgo -RJ
Resultados obtidos: Criação e Implantação da RPPN Gaia / Diferentes Projetos Des.Sustentável, Estação Biológica de Tratamento de Dejetos, Educação ambiental

Autor e Contato: Lorenzo Giuliano Bagini - Comissão Pró Serra Fina e USP (geografia) - lobagini@hotmail.com
Objetivo: levantamento do número de pessoas ("ecoturistas") que passam pela Serra Fina a cada ano (desde 1995).
Metodologia: levantamentos de campo e apoio bibliográfico
Resultados ampliados: os dados levantados tem servido como base para o planejamento quanto ao desenvolvimento turístico local/regional. Os dados estão contextualizados em uma pesquisa mais ampla, onde o surgimento e evolução da consciência ambientalista são analisados.
Problemas identificados: crescimento em progressão geométrica do número de "turistas" nas porções mais elevadas e frágeis do do ecossistema local (acima dos 2000m, até 2797m na Pedra da mina)
Dificuldades encontradas: falta de verbas e tempo
Local da Experiência: Maciço da Serra Fina/Pedra da Mina - Serra da Mantiqueira
Resultados obtidos: Dados sobre a evolução da taxa de visitação na Serra Fina nos últimos 7 anos

Título: Projeto Monitor de Ecoturismo - Resende/RJ www.projetomonitor.hpg.com.br

Autor: Antônio Leão - tel: (24) 3354 7042 - artepmr@resenet.com.br

Realizado pela Prefeitura de Resende através da Secretaria do Meio Ambiente.

Objetivo: Promover a conservação do patrimônio natural de Resende a partir da mobilização de excursionistas, guias, visitantes e comunidades locais.

Metodologia utilizada: Iniciamos em fevereiro de 2002 com um curso de formação de monitores. São 22 alunos e 23 instrutores voluntários que também participam do mapeamento e monitoramento das trilhas em Resende.

Resultado obtido: Foram realizados levantamentos em Visconde de Mauá e na APA da Serrinha. O projeto produziu um folheto para a APA da Serrinha.

Principais problemas identificados: Danos à vegetação, erosão e poluição dos mananciais.

Principal dificuldade encontrada para realizar a experiência: Limitação inerente ao trabalho voluntário.

Eixo temático: Proteção dos ecossistemas frágeis de montanha.


Título: Ecologia e biogeografia de plantas sobre rocha no Planalto do Itatiaia

Autores: Katia Torres Ribeiro1, Branca M. O. Medina e Fábio Rubio Scarano

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Contato: Divisão de Conservação dos Recursos Ambientais, Diretoria de Conservação da Natureza, Instituto Estadual de Florestas/ RJ, Rua Fonseca Teles, 121, 6o andar. São Cristóvão, Rio de Janeiro – RJ. katiatribeiro@bol.com.br

Objetivo: Este estudo tratou das plantas que crescem sobre rocha, no Planalto do Itatiaia (22o21’S, 44o40’W). Elas se distribuem como ilhas de vegetação isoladas umas das outras, pois a combinação de muitos fatores abióticos limitantes dificultam o crescimento de plantas nas partes convexas das rochas. Foram investigados os padrões biogeográficos, a distribuição espacial das espécies e das comunidades, relações de facilitação entre plantas e as variações sazonais e interanuais das comunidades.

Metodologia: As espécies presentes em 134 pequenas ilhas de vegetação (total: 0,034ha), dispersas nas rochas da região das Prateleiras, foram registradas, identificadas e acompanhadas mensalmente por dois anos consecutivos (três verões). Levantou-se a distribuição geográfica das espécies, os padrões de distribuição espacial em relação à topografia da rocha, padrões de co-ocorrência entre espécies pioneiras e plantas associadas a elas, bem como os padrões temporais.

Resultado obtido: Foram encontradas 114 espécies de plantas vasculares, que correspondem a ca. de 25% da flora de todo o Planalto. Muitas delas são endêmicas ao Itatiaia e adjacências, e cinco ocorrem quase exclusivamente sobre rochas. Esta flora se aproxima da de outras vegetações sujeitas a temperaturas congelantes e é distinta de outras floras rupícolas dentro da faixa tropical.

A variação topográfica e microclimática explica parte da diversidade de plantas encontradas em tão pequena área, que podem ser vizinhas mesmo com fisiologia contrastante. Os processos de sucessão são lentos e as comunidades apresentam a mesma estrutura por longo tempo, a não ser quando perturbadas, como por pisoteio ou fogo. O fogo, que pouco alcança as rochas, acarreta mudanças no entorno com efeitos indiretos sobre essas plantas, como entrada de gramíneas e espécies invasoras, e mudança na disponibilidade de nutrientes. Mesmo assim, as rochas são importante abrigo para plantas sensíveis ao fogo, como em muitas outras partes do mundo.

São fornecidos também subsídios para indicar quais plantas podem ser postas em consorciação em planos de revegetação.

Problemas identificados: As plantas sobre rocha vêm sofrendo progressivamente com o pisoteio e com a abertura de vias de escalada. No Itatiaia, registramos os efeitos indiretos dos incêndios. Há retirada de plantas em flor, principalmente o lírio (Hippeastrum morelianum). Em termos científicos, está claro que os processos são relativamente lentos e a distinção entre ciclos e tendências reais de mudanças depende de estudos a longo prazo, que ainda recebem pouco estímulo no País.

Dificuldade encontrada: Certamente, a falta de dados meteorológicos consistentes. Em montanhas, os dados dificilmente podem ser extrapolados de uma região para outra, dada a imensa variação espacial e altitudinal.

Eixos temáticos: Proteção dos ecossistemas frágeis de montanha; Conservação da biodiversidade

Autor e Contato: Udson Dias de Oliveira Júnior- Universidade Federal de Santa Catarina / Programa de Pós Graduação em Engenharia Ambiental - udson@ens.ufsc.br
Resumo: Este artigo comenta os resultados da aplicação de uma metodologia multicriterial na delimitação inicial de unidades de conservação. Utilizou-se como estudo de caso o Parque Nacional São Joaquim, em Santa Catarina. Os critérios aplicados foram os seguintes: topográfico, hidrológico, geológico, ecológico e paisagístico. Dois são os objetivos pretendidos com este artigo: dar uma justificativa científica ao traçado de uma unidade e elaborar um argumento pedagógico para a mediação com a comunidade local e proprietários de terras da área considerada.
Local da Experiência: Parque Nacional São Joaquim, em Santa Catarina
Resultados obtidos: O primeiro resultado a destacar foi a revisão da área do traçado histórico, cuja planimetria sobre as cartas do IBGE apontou apenas 44.447 ha, aproximadamente 5.000 ha a menos que o estipulado no decreto. Estamos a 41 anos divulgando um mapa com uma imprecisão destas. O segundo resultado foi a obtenção de um novo traçado propositivo, ainda com muitas indefinições, principalmente por falta de observações de campo, mas mostrando a bondade da metodologia utilizada. Neste novo traçado, ampliou-se o traçado histórico chegando-se a uma área de 49.377 ha. O terceiro resultado foi a construção do texto propositivo da nova demarcação, com a consideração dos cinco critérios considerados pela metodologia. Este texto amplia e identifica uma carga de justificativas para o traçado, passível de servir como argumento pedagógico numa mediação com a comunidade e com os próprios técnicos envolvidos na questão.

Título: "Ecossistemas de Montanha e a Conservação dos Recursos Hídricos - Propostas de gestão integrada e participativa na bacia do rio Paraíba do Sul."
Autor e Contato: Cláudia Silva Teixeira - Laboratório de Hidrologia COPPE/UFRJ -
claudia@microlink.com.br
Objetivo geral: fornecer subsídios ao processo de gestão descentralizada e participativa dos recursos hídricos.
Objetivos específicos: a) analisar os aspectos socioambientais que resultam na degradação dos ecossistemas e dos recursos hídricos da bacia do Paraíba do Sul; b) contribuir para a discussão de alternativas ao modelo predatório de ocupação/uso do solo, que considerem formas de gestão integrada e participativa; e c) contribuir para a manutenção e a expansão dos remanescentes da Mata Atlântica que ocorrem nas regiões montanhosas, visando a preservação dos ecossistemas e a garantia de quantidade e qualidade dos mananciais nas sub-bacias a que pertencem.
Metodologia: A bacia do Paraíba do Sul estende-se na Região Sudeste do Brasil por cerca de 55.400 km², uma área superior ao Estado do Rio de Janeiro, onde a bacia ocupa quase a metade (21.000 km²), além dos 13.500 km² do curso superior, em terras paulistas, e de 20.900 km² das sub-bacias mineiras. Os principais remanescentes dos ecossistemas florestais, hoje reduzidos a menos de 15% de sua extensão original, estão nas regiões montanhosas da bacia - nas serras do Mar e da Mantiqueira - onde também se verifica alta vulnerabilidade ambiental pelo avanço da ocupação, a partir dos eixos urbanos, sobre solos mais suscetíveis à erosão. Ações de controle dos desmatamentos e de recuperação florestal da bacia devem priorizar as áreas montanhosas, especialmente das sub-bacias em condições mais críticas e de maior importância ecológica e social, como mantenedoras dos mananciais hídricos. Ações dessa natureza só podem ser realizadas de modo eficaz se envolverem a participação integrada dos usuários e das instituições públicas que atuam na bacia. Com a cobrança pelo uso de água, aprovada em 2001 pelo Comitê da Bacia (CEIVAP), a partir de 2003 haverá uma crescente disponibilidade de recursos financeiros que poderão cobrir custos de proteção das áreas montanhosas. Neste trabalho, com base em estudos já realizados sobre uso do solo, cobertura vegetal e vulnerabilidade ambiental na bacia do rio Paraíba do Sul, são indicadas sub-bacias prioritárias à proteção e à recuperação e discutidos procedimentos para que se envolva o maior número possível de usuários e instituições públicas na gestão dessas áreas.
Local da Experiência: Bacia do rio Paraíba do Sul (Estados SP, MG e RJ)
Resultados: Conhecimento das condições ambientais que indicam sub-bacias prioritárias a ações de proteção e recuperação florestal, visando a conservação de mananciais.

Título: Mobilização popular contra a construção UHE Cubatão
Autor e Contato: Paulo Tajes Lindner - SOS Cubatão -
ptlindner@hotmail.com
Resumo da Experiência: oito anos de luta contra a construção da UHE Cubatão que culminaram com a criação da RPPN Caetezal, com 6.500ha., o que inviabilizou a construção da referida usina. Atualmente os empreendedores estão tentando anular o título de RPPN.

Em outubro de 95 foi realizada a Audiência Pública. Um fato que chamou a minha atenção foi que o projeto datava de 1980. No início de 96 comecei a buscar informações, tendo em vista que o meu pai possui na serra Dona Francisca 8.500ha.que, desde 1977, tornaram-se as primeiras áreas particulares protegidas do Brasil. Busquei auxílio junto a Fundação SOS Mata Atlântica e, em maio de 1997, tinha em mãos, um parecer jurídico chamando a atenção para toda uma série de problemas que o referido projeto causaria para a Floresta Atlântica (serra Dona Francisca), para a questão do abastecimento de água potável para a população, problemas geológicos, ameaças a espécies ameaçadas de extinção, espécies endêmicas, sítios arqueológicos, dentre outros. Desde então, sabiamos que a relação custo/benefício seria algo, no mínimo impagável pela população joinvilense.
Ocorre que, do outro lado, "os empreendedores" (40% Centrais Elétricas de SC + 40% INEPAR/PR + 20% Desenvix) segundo se ouvia falar, haviam feito acordos de campanha, troca de favores e toda a sorte de sacanagens que visam beneficiar uma minoria em detrimento do comprometimento com a qualidade de vida da grande maioria. Nosso objetivo era o de impedir a construção dessa usina e nossa estratégia (metodologia) era a de ganharmos tempo, para, quem sabe, mata-los no cansaço. Coloquei toda a questão na Procuradoria da República (Jlle) e de lá, o Procurador encaminhou todo o processo para
Brasília (4a Câmara/DF). A cada alegação sobre a "necessidade" de se construir a usina, lá vínhamos nós, com todo o tipo de contra argumentação e dados técnicos/científicos referentes a hidrologia, geologia, aspectos da fauna e flora, etc. Em 25.03.99 nasceu o Comitê SOS Cubatão. A partir de então fizemos panfletagem nas ruas, venda de bottons, adesivos e camisetas, festas, protestos e etc.
Foram realizadas 03 sessões especiais na Câmara de Vereadores de Joinville (CAPITULO A PARTE), de uma questão local, ganhamos o estado, o Brasil e por último, apoio internacional. O SOS Cubatão esteve em Berlim, com o PV no Bundeschtag. Como parte da estratégia, em abril de 2001 dei início a um novo processo de RPPN. Em novembro, o Presidente do IBAMA assinou a Portaria no 168. Finalmente o salto do rio Cubatão, com seus 369m de queda, estava "temporariamente salvo". A história não acabou!

Local da Experiência: Joinville, Santa Catarina
Resultados obtidos: Conseguimos proteger uma área de incalculável relevância

Autor e Contato: Ronaldo Franzen Jr. Nativo - cpm@ieg.com.br
Resumo: O Clube Paranaense de Montanhismo, é uma entidade civil sem fins lucrativos, com os objetivos de preservar as montanhas e divulgar o montanhismo, através de cursos, palestras e atividades de mutirão de limpeza e arrumação de trilhas. as quais vem executando na Serra do Mar do Paraná desde sua fundação em 1978.
Gostaria de apresentar nossa programação de cursos de Iniciação ao Montanhismo, e Escalada em Rocha, essenciais para formar novos adeptos conscientizados e dispostos a trabalhar em prol da preservação de nossas montanhas e áreas de escalada.
A nossa maior dificuldade é a falta de continuidade do trabalho voluntário e falta de apoio dos órgãos estaduais.
Local da Experiência: Serra do Mar do Paraná
Resultados: Diversas trilhas recuperadas.

Título: Estudo de Viabilidade do Ecoturismo no Monte Crista - Garuva, SC
Autor e Contato: Orlando Ednei Ferretti -
ferretti@ielusc.br
Objetivo: Avaliar o potencial Ecoturístico do Monte Crista, proporcionando um espaço para subsídio pedagógico e de pesquisa.
Metodologia: Na construção do projeto e na articulação da pesquisa foram realizados levantamentos bibliográficos para o entendimento de questões relacionadas ao ecoturísmo, capacidade de carga e quanto ao histórico da área. Trabalho de mapeamento das trilhas da região em gabinete (construção digital do mapa da região com base em imagens de satélite). Trabalho de campo com levantamento fotográfico e com os pontos em GPS. Entrevistas com ecoturistas.
Resultados: A fim de se cumprir o objetivo do projeto foi construído um diagnóstico inicial da área que deve ser ampliado na perspectiva de construção de uma unidade de conservação no ambiente.
Problemas identificados: principalmente o excesso de indivíduos que visitam a área sem o mínimo de preocupação com o ambiente.
Dificuldades encontradas: A maior dificuldade está relacionada quanto ao financiamento das pesquisas, mesmo contando com a articulação de alunos e professores.
Local da Experiência: Serra do Quiriri - Monte Crista, Garuva - SC

Autor e Contato: Hamilton Miragaia - PAULETTE@DIRECTNET.COM.BR
Objetivo: Minimizar o impacto da visitação turística em S. F. Xavier.
Metodologia: Aumentar a auto-estima dos moradores da região serrana e evitar o choque cultural entre as pessoas imigrantes da região e preservar os recursos natural e cultural; com isso estimular um trabalho sócio-ambiental no município desenvolvendo uma melhor qualidade de vida para todas as pessoas, assim preservando um ecossistema ecologicamente equilibrado para presentes e futuras gerações.

Resultados: Maior interesse nas crianças e jovens da região para que ficassem em seu município e não serem mais um imigrante nos grandes centros urbanos, também a grande valorização de raízes.

Ampliação da conscientização do município e a criação de um plano diretor voltado especialmente os olhos no recurso natural.

Problemas identificados: especulação imobiliária, uso incorreto do recurso natural. Dificuldades encontradas: falta de apoio do poder público e pressão de donos de agências de turismo.

Local da Experiência: São Francisco Xavier - SP

Título: A Federação de Montanhismo do Estado do Rio de Janeiro - organização da comunidade e proteção do ambiente de montanha
Autor: Vários - FEMERJ

Contato: Bernardo Collares Arantes - FEMERJ - tioze@uol.com.br
Objetivo: Organização da comunidade de montanhistas e discussão sobre estilos de escalada, segurança, acesso às montanhas e impacto nas áreas naturais.
Metodologia: Debates para busca de soluções em assembléias mensais, fórum eletrônico (mailing list FEMERJ) e constituição de grupos e trabalho.
Resultados: Experiências principalmente voltadas à preservação ambiental, acesso e segurança nas montanhas. As mais restritas ao montanhismo em si não serão relatadas. Diversos Grupos de Trabalho (GTs) já foram formados e estão em atuação. Destacam-se os seguintes:
- Mínimo Impacto em Paredes, visa a preservação da flora rupícola, através de medidas educativas e restritivas;
- SOS Urca - recuperação de trilhas e reflorestamento no complexo da Urca, na cidade do Rio de Janeiro, onde fica o Pão de Açúcar;
- Rio Interior - organização do montanhismo no interior do estado; Ajax - recuperação da trilha e da vegetação no Ajax, área intensamente visitada na travessia Petrópolis-Teresópolis, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos;
- Parque Laje X Corcovado - Recuperação da trilha que liga o Parque Lage as paineiras, no Parque Nacional da Tijuca,
- Guias - Criação das regras de homologação dos Guias de Montanha pela FEMERJ
- PNT - ISO 14001 - cooperação na parte ambiental e esportiva junto ao Parque Nacional da Tijuca para que este obtenha a ISO 14001;
- Livros de Cume - registro e recuperação destes livros que registram a história do montanhismo a partir do que é descrito no cume.
- Homologação dos cursos básicos de montanhismo - para fazer frente à multiplicação de cursos, que deixam em aberto a questão da segurança e qualidade, dentre outras atividades.
Problemas encontrados: Pelo fato do montanhismo ser praticado aqui no Brasil a quase um século e que as instituição existentes até então não conseguiam atuar de forma mais ampla, a federação encontrou um acumulo de problemas que estão sendo resolvidos um a um.
Dificuldades encontradas: Comunicação. Esse é um dos grandes problemas. Apesar dos problemas serem muitos, há um grande número de pessoas que, de forma voluntária, estão ajudando na solução. Mas em compensação há também muitas pessoas que, ficando à distância, não recebem informações corretas e, ao invés de procurarem informações sobre suas dúvidas, ficam de longe criticando e o pior é que ficam criticando coisas que não existem.
Eixos temáticos:
2 - Proteção dos ecossistemas frágeis de montanha;
3 - Conservação da biodiversidade;
4 - Promoção da paz e da estabilidade;
Local da Experiência: Estado do Rio de Janeiro
Resultados: Organização da comunidade de montanhistas

Autor e Contato: Francisco A. Dupas - Universidade Federal de Itajubá - dupas@iem.efei.br
Objetivo: Analisar o caso do licenciamento ambiental da PCH Ninho da Águia, Delfim Moreira, MG em altitude de 1120 metros e dentro da APA da Mantiqueira.
Metodologia: A Prefeitura Municipal de Delfim Moreira,MG, recebe da FEAM/MG o EIA/RIMA da PCH Ninho da Águia para análise e eventual licença de instalação. Diante da tal solicitação, a UNIFEI/LAPAG (Lab. de Análise, Planejamento Ambiental e Geomática) foi procurado pela prefeitura para avaliar e elaborar relatório sobre o referido EIA/RIMA, a ser apresentado à FEAM e em Audiência Pública.
Resultado obtido: O relatório apresentou as seguintes questões não mitigadas: a) a Lei 9433 não estava sendo considerada pois deixava sem água usuários antigos de irrigação, dessedentação de animais e lazer; b) a não consideração das linhas de transmissão no EIA e; c) erros no diagnóstico ambiental.
Resultou em:
- Elaboração de novo EIA/RIMA
- Identificação de falha no processo
de licenciamento ambiental
- Empreendedor interessado
- Exercício de cidadania

Principais problemas identificados:
a)Empreendedor-Falha na forma de apresentação dos dados na Audiência Pública;
b)FEAM-Encaminha EIA direto para prefeituras;
c)Prefeituras?Sem corpo técnico;
d)Mudança do executivo e parada no processo de avaliação do projeto.
Principal dificuldade:
a)Além das tensões provocadas pela baixa qualidade do EIA apresentado, não existiram dificuldades;
b)As Prefeituras, a não especialização de seu quadro de funcionários, devem solicitar auxílio técnico quando necessário.
Local da Experiência: Delfim Moreira, MG
Resultados: Positivos em função da disponibilidade do Empreendedor (Centrais Elétricas da Mantiqueira) em reconsiderar e elaborar novo EIA/RIMA.


Autor e Contato: Anderson Magalhães Naves - Grupo Excursionista Agulhas Negras
anderson@resenet.com.br
Resumo da Experiência: Ecoturismo, aplicação de apresentação temática para caminhada guiada, técnicas de mínimo impacto, atividades lúdicas e de sensibilização.
Local da Experiência: Região das Agulhas Negras
Resultados: Mudanças de comportamento em relação à preservação ambiental.


Título:
Corpo de Socorro em Montanha - COSMO

Autor e Contato: Dálio Zippin Neto - COSMO -Corpo de Socorro em Montanha - webmaster@cosmo.org.br

O Cosmo é uma equipe de socorro em áreas montanhosas que atua na Serra do Mar, porção paranaense. A equipe é formada por montanhistas voluntários. Fazemos resgates de pessoas em situação de perigo nesses ambientes e promovemos também a conservação das trilhas e vias de escaladas existentes no Parque Estadual Marumbi - PR, como forma de preservar nossas montanhas e prevenir acidentes.

Objetivos: manter o trabalho voluntário de prevenção de acidentes, busca e resgate em montanha como força auxiliar ao Corpo de Bombeiros do Paraná; contribuir, em ação conjunta com o Governo do Estado do Paraná, na operacionalização e manejo do Parque Estadual Marumbi, no que diz respeito a aspectos de segurança, educação ambiental, mapeamento e conservação de trilhas e vias de escalada; prestar atendimento imediato em ocorrências de acidentes na área de abrangência do Parque Estadual Marumbi.

Metodologia: Formação de uma equipe especializada em busca e resgate na Serra do Mar. Treinamentos técnicos trimestrais e plantões nos fins-de-semana no Parque Estadual Marumbi. Trabalhos de recuperação e adequação de trilhas e vias de escalada em rocha.

Resultados: Diminuição dos acidentes na área. Estabilização das trilhas do parque. Melhora na segurança das trilhas e vias de escalada. Conhecimentos e tecnologia repassados ao Corpo de Bombeiros e montanhistas em geral através dos diversos cursos ministrados.

Problemas identificados: São muitas as ações realizadas (formação da equipe, formação dos cursos, plantões, recuperações de trilhas, recuperação de vias de escalada, buscas, resgates) e cada uma delas apresenta uma série de problemas identificados, não cabendo aqui a explicação de cada um deles.

Dificuldades encontradas: Ter tempo disponível para realizar as ações propostas pois como voluntários temos limitações quanto a disponibilidade de tempo para o trabalho na equipe.

Eixo temático: Nossa experiência pode ser agrupada dentro do eixo temático: Proteção dos ecossistemas frágeis de montanha, bem como proteção das pessoas que visitam tais ambientes.

 

Autor e Contato: Leandro Léo Ferreira - Aluno de Agronomia da UFRRJ

Estagiário do IEF/MG - leandroleo01@hotmail.com

Objetivo: Conhecer o entorno do Parque Estadual Nova Baden, situado no município de Lambari - mg.

Resumo: O entorno do Parque Estadual Nova Baden, em Lambari - Minas Gerais, é constituído pelas comunidades dos bairros Nova Baden, Serrinha e Piripau. Ao elaborarmos este trabalho objetivamos conhecer esse entorno, analisando aspectos como: o tamanho das propriedades, produção agrícola (consumo, venda), renda principal da família, interação das pessoas com o Parque, identificação de alguns aspectos que ajudam a entender melhor a situação atual, bem como, da dificuldade de se desenvolver este tipo de trabalho.

Foi feito um levantamento em 100 propriedades com o uso de questionários como meio de adquirir as informações.

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CARTA PARA O ECODESENVOLVIMENTO DAS MONTANHAS
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REALIZAÇÃO: Crescente Fértil

APOIO: Parque do Itatiaia 2002 - Ano Internacional das Montanhas Agenda 21

Prefeitura de Itatiaia

PATROCÍNIO: Indústrias Nucleares do Brasil Fundação Luterana de Diaconia
 
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