
RESUMO PARCIAL Experiências a
serem apresentadas no Seminário
Título: Análise do Parque Estadual da Pedra Branca (RJ) por
geoprocessamento: uma contribuição ao seu plano de manejo.
Autor: Nadja Maria Castilho da Costa
Profa. Adjunta do Depto. de Geografia da
UERJ
Objetivos e Metodologia: A presente pesquisa procurou
contribuir para a realização do plano de manejo da segunda mais
importante Unidade de Conservação do município do Rio de Janeiro:
Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB), alicerçada nas diretrizes
gerais de manejo estabelecidas pelo IBAMA. Para sua realização
utilizou-se poderosa técnica de geoprocessamento, com metodologia de
Análise Ambiental, desenvolvida pelo Laboratório de Geoprocessamento
da UFRJ – LAGEOP e denominada Sistema de Análise Geo-Ambiental –
SAGA, permitindo realizar várias análises sobre uma base de dados
georreferenciada, previamente inventariada e armazenada, sob a forma
de mapas digitais temáticos.
Sobre esses mapas foram realizadas avaliações ambientais. Elas
identificaram situações de riscos (deslizamentos e desmoronamento,
desmatamentos e incêndios), potenciais (expansão urbana desordenada,
ecoturismo e lazer) e impactos ambientais. A partir delas, foi
possível definir unidades de manejo ambiental, considerando a
possibilidade de avanço da expansão urbana sobre as áreas legalmente
protegidas, mais vulneráveis a impactos e/ou de maior potencialidade
para a proteção e desenvolvimento de atividades econômicas.
Resultados obtidos: As vertentes leste, sul e parte da
vertente oeste do maciço da Pedra Branca se destacam por abrigar
remanescentes da Mata Atlântica que devem ser protegidos, ao mesmo
tempo em que devem ser mostrados como recursos da natureza, dentro
da ótica do ecoturismo controlado, gerador de emprego para a
população residente e recursos para a própria Unidade de
Conservação. Por sua vez, as encostas mais degradadas e densamente
ocupadas da vertente norte, devem ser manejadas no sentido de conter
o avanço populacional e substituir as atividades econômicas
atualmente desenvolvidas, por outras ecologicamente corretas.
Problemas identificados: Os problemas identificados na UC
perpassam pela degradação generalizada dos seus recursos naturais,
por atividades agropastoris (particularmente cultivo de banana) e
avanço contínuo da ocupação humana para o seu interior.
Dificuldades encontradas: As dificuldades encontradas para
realizar a presente pesquisa foram, principalmente, a falta de
recursos financeiros e apoio logístico precário.
Eixo temático: Conservação da biodiversidade.
Título: Alto da Santa Clara
Autores: Maria Lucia Abaurre Gnerre - Unicamp
Gustavo César O. Baez - Guia Regional / SENAC /
Resende
Marco Aurélio Zakir - Técnico em Gestão de Unidades de
Conservação. Os Autores são moradores do Vale da Santa Clara e
amantes das montanhas.
Objetivos: Nosso principal objetivo é por em prática numa
região montanhosa de enorme valor em beleza natural e recursos
hídricos, ações integradas de Interpretação ambiental por métodos
diretos e indiretos. O vale da Santa Clara possui ainda, grande
valor cultural e histórico para a região de Visconde de Mauá, pois
pelas belíssimas trilhas da região dos Brejos e Morro Cavado (que
perpassam a área do PNI) cruzam os tradicionais produtores de queijo
das terras altas da Mantiqueira. Levantamentos de História Oral
sobre trilhas e fazendas vem sendo feitos, e este valor
histórico-cultural deve ser incorporados ao projeto. Logo, nosso
objetivo é essencialmente elaborar no vale e nas regiões altas, um
programa piloto de visitação a determinadas trilhas, através da
capacitação especial de moradores da região para atuar como guias e
interpretadores ambientais, a começar pelos próprios autores deste
projeto. A visitação deverá ser agendada para pequenos grupos. O
objetivo da interpretação ambiental é desenvolver uma atividade
pontual para permitir a reconstrução dos nexos homem-homem,
homem-natureza, através de um conjunto de técnicas que ampliam as
possibilidades do visitante de não apenas fazer uma incursão de
lazer ou aventura particular, mas de integrar o visitante com
assuntos de interesse coletivo, como a importância da montanhas, da
mata atlântica e campos de altitude, e da agenda 21.
Metodologia utilizada: Pretendemos utilizar os métodos de
interpretação ambiental, aliados a métodos específico desenvolvidos
para a ação do guia de turismo. A I.A. se vale da sensorialidade
humana para facilitar o entendimento da relação homem-
meio-ambiente, tendo em vista sempre uma mudança de atitude. Os
principais métodos personalizados que propomos são caminhadas
conduzidas e excursões. Como métodos impessoais, painéis e letreiros
(discretos e em harmonia com o meio), além de exibições e displays,
o que dependerá do capital que será disponível.
Resultados obtidos: por ser um projeto em elaboração, por
enquanto só se obteve o envolvimento de alguns agentes locais com a
idéia.
Problemas identificados: O principal problema na região da
Santa Clara, tem sido a falta de qualidade da atividade turística
que vem sendo desenvolvida em Visconde de Mauá. Espera-se gerar
maior interesse pelo ecossistema do vale como um todo, não apenas
por pontos específicos do rio: As cachoeiras, geralmente
superpovoadas em feriados.
Dificuldades encontradas: no momento, o planejamento e
capacitação adequada para inicia-la.
Eixo Temático: Proteção dos ecossistemas frágeis de montanha
e promoção do bem-estar , modos de vida tradicional e oportunidades
para as populações de montanha.
Título: Programa Nazareno Verde
Autores: FERREIRA, R.R.M(1); FERREIRA, V.M (1);
RIBEIRO,M.T.F (2).; SILVA,M.L.N (3).; FERREIRA, L.R.M(1).;
SILVA,F.(1)
(1) Programa Nazareno Verde- Prefeitura Municipal de Nazareno-
Fundo Nacional do Meio Ambiente- Ministério do Meio Ambiente
(2) Universidade Federal da Bahia (UFBA)- Departamento de
Administração e Economia
(3) Universidade Federal de Lavras (UFLA)- Departamento de
Ciência do Solo
Contato: Rogério Resende Martins Ferreira - vocorocas@navinet.com.br
Objetivo Geral :
Sensibilização ambiental e redefinição da relação solo-
sociedade
Melhoria da qualidade de vida e construção da cidadania
Objetivos Específicos:
Estabilização demonstrativa de uma voçoroca, a partir de práticas
locais e acessíveis aos pequenos agricultores
Elevação da auto-estima através da integração das pessoas
marginalizadas ou excluídas com possibilidades de geração de
renda
Interação entre os conhecimentos científicos e os saberes locais,
gerando técnicas de intervenção no meio ambiente
Metodologia Utilizada: Na busca de soluções o Programa
Nazareno Verde está consolidando suas parcerias, com a percepção de
que toda a sociedade é responsável pela recuperação ambiental,
devendo assim, colaborar nesse processo, de acordo com suas
competências, dividindo responsabilidades, inclusive de caráter
financeiro. Diversos atores relevantes devem ser considerados nesse
processo: Ministério do Meio Ambiente, Universidade Federal de
Lavras, Universidade Federal da Bahia, Universidade Metodista de
Piracicaba, Universidade de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas,
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais, Centrais
Elétricas de Minas Gerais, ONG TORBA Sols&Sociétés.
A metodologia de trabalho privilegia a organização participativa
da comunidade e a interação entre as instituições comprometidas com
o desenvolvimento sustentável e solidário. Para compreensão dessa
realidade o método adotado é a pesquisação (Thiollent,1988).
A estratégia permite avançar no incerto e no aleatório por causa
da complexidade. Logo, a estratégia é utilizar as informações que
aparecem na ação, integrá-las, formular esquemas de ação e estar
apto a renunciar ao máximo de certezas para enfrentar as
incertezas.
A compreensão conjunta da realidade histórica e dinâmica é a base
para a definição das formas de intervenção e mudança. Tendo como
base essa metodologia o projeto implantou sistemas de monitoramento
e construção de indicadores que levam em conta a complexidade das
dimensões: ético; técnico ecológico; sócio-econômico; jurídico e
político-cultural.
Resultados Obtidos: Os resultados levam em consideração as
perspectivas e encaminhamentos conduzidos pela comunidade local de
acordo com a sua dinâmica própria. No campo do reconhecimento
social, vale ressaltar as conquistas: Prêmio Gestão Pública e
Cidadania 2001, uma iniciativa da Fundação Getúlio Vargas, Fundação
Ford e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Estudo
de caso no Seminário "Salvem nossos solos para salvar nossa
sociedade- SOS2" a convite da Fundação Charles Leopold Mayer (Paris)
e Universidade Agropolis Montpellier- França .
Principal dificuldade : Falta de financiamentos específicos
ao recurso solo a nível governamental e não governamental
Eixo Temático: Proteção dos ecossistemas frágeis de
montanha
Título: Projeto Infotrilhas
Autor : Flávio Zen – IERJ
Contato / (21) 2696 4101 - 9912 2416 e-mail:
flzen@yahoo.com.br
Objetivo: Educar o usuário sobre o impacto do uso intensivo
das trilhas e montar um banco de voluntários para iniciativas
futuras de recuperação e demais mutirões. Metodologia
utilizada: Confeccionado um site para divulgação da proposta e
captação dos informes através de formulário próprio e apresentação
dos resultados. O segundo passo é o estabelecimento de parcerias com
empresas de ecoturismo, associações de montanhismo, clubes
excursionistas e unidades de conservação. O terceiro passo é a
disponibilização dos informes e o estímulo às atividades de
recuperação. Resultados Obtidos: O projeto foi lançado em
meados de abril, ainda sem avaliação de resultados. Problemas
Identificados: Erosão em canal e sulco no leito das trilhas,
presença constante de degraus e comprometimento de vegetação
marginal e lixo. Dificuldade encontrada: Dificuldade do
usuário em reconhecer o impacto que pode causar x responsabilidade
com preservação. Despreparo das unidades de conservação em receber e
participar de iniciativas deste tipo. Desinteresse das empresas em
participar com medo do acompanhamento redundar em restrições para o
uso dos atrativos. Eixos temáticos: Proteção
dos ecossistemas frágeis de montanha
Título: Recuperação de fragmentos da Mata Atlântica
(MA) em Morros de SC
Autor e Contato: Gert Roland Fischer - Eng. Agrônomo e gestor
ambiental -
ambiente@ekolink.com.br - Fone 47 436 0647
Objetivo: O projeto iniciado em 1979, com investimentos
superiores a US$ 200.000,00 - Duzentos mil dólares americanos,
objetivou restaurar a MA transformando 75 ha em áreas de captação de
águas da chuva, tornando-as produtoras de água
doce. Metodologia utilizada: Foram utilizadas 150.000
mudas nativas da MA regional no viveiro do
autor localizado em Joinville e transportadas para
Guaramirim-SC onde se localizam os projetos AFRICANUS e
Caixa D'água. 36 espécies de valor econômico e biológico
foram selecionadas para a introdução que se desenvolveram
diferentemente nos cenários selecionados. Houve acompanhamento dos
plantios de forma expedita. O desinteresse de pesquisadores da área
de florestas, impossibilitou o autor a coletar e disponibilizar os
resultados alcançados de forma acadêmica para a sociedade
brasileira.
Os plantios alcançaram resultados e sucessos impressionantes.
Encontram-se à disposição de pesquisadores e interessados em
trabalhos de graduação e pós, exigidos pelas escolas de engenharia
florestal, engenharia ambiental, biologia, etc. Resultados
Obtidos: Os dois projetos resultaram na recomposição total da
floresta e de seus habitantes silvestres. Promoveu equilibradamente
a função ecológica de alimentar e proteger a fauna e ictiofauna. Os
dois morros são hoje produtores de água doce, atendendo aos anseios
de agricultores e criadores de peixes, que passaram a utilizar a
água produzida nos projetos. As atividades econômicas dos
agronegócios foram garantidas de forma sustentada, atendendo aos
preceitos da Agenda 21.
Problemas Identificados: Os grandes problemas encontrados
nessa caminhada inglória de recuperação de Morros depredados foram e
são:
- Caçadores que invadem as áreas de experimentos destruindo o
trabalho e causando danos aos animais silvestres.
- A institucionalização do roubo de palmitos, gerada pelo
decreto 750 do IBAMA, causando danos irrecuperáveis aos bancos
genéticos criados,
- Inúmeras ações e cooptação do experimento foram graciosamente
oferecidas pelas autoridades ambientais penalizando o pequeno
agricultor familiar de montanha, no uso racional da biomassa para
sobreviver.
- O desamparo e insensibilidade oferecidos pelas autoridades
florestais em SC prejudicaram em muito o desenvolvimento do
projeto para beneficio da sociedade de contribuintes
Dificuldade encontrada:
- Falta de reconhecimento dos projetos por parte das autoridades
e instituições oficiais.
- A falta de sensibilidade das escolas de engenharia florestal
que não apoiaram estagiários que necessitavam realizar trabalhos
de pesquisa nestas duas áreas de recuperação ambiental.
- O desanimo que esta situação causou ao investidor que não
entendeu por que as instituições de ensino não aceitaram parcerias
propostas que beneficiariam o nível de entendimento do
funcionamento do ecossistema e produtor de água doce.
Eixos temáticos:
1. Alívio da pobreza e da
fome; 2. Proteção dos ecossistemas
frágeis de montanha; 3. Conservação
da biodiversidade; 4. Promoção da
paz e da estabilidade; 5. Promoção
do bem estar, modos de vida tradicionais e oportunidades
para as populações de
montanha; 6. Ajuda às comunidades
de montanha na participação das decisões que
afetam a sua vida e
das futuras gerações
7. produção sustentada de água
doce
Os projetos foram selecionados e laureados com o premio Von
Martius em 2001, promoção da Câmara de Ind. & Com. Brasil –
Alemanha na categoria Natureza.
Título: Composição de espécies de roedores e marsupiais no
sudeste do Brasil: efeitos altitudinais e climáticos
Autores:
Helena de Godoy Bergallo1, Tatiana T.
Ribeiro1, Renato Mangolin1, Lena
Geise1 & David Bossi2.
1 – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2 – Universidade
Estadual de Campinas.
Contato: rmangolin@hotmail.com
Objetivos e Metodologia: Este trabalho teve como objetivo
descrever a composição das comunidades de pequenos mamíferos em uma
porção de Mata Atlântica avaliando a similaridade de espécies em
áreas próximas e áreas distantes, mas com altitudes semelhantes, e
analisando a variável climática afetando os índices de similaridade
nestas áreas.
Os dados foram obtidos de estudos já publicados pelos autores
somado de dados ainda não publicados. Essas coletas foram realizadas
em 14 pontos diferentes na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira,
variando sua altitude desde o nível do mar até 2400 metros. Cada
local foi amostrado com um mínimo de 700 armadilhas por noite. A
média dos fatores climáticos foram obtidos através do Instituto
Nacional de Meteorologia.
Resultados Obtidos: Os resultados mostraram que a composição
das comunidades de pequenos mamíferos variava com a altitude. Na
faixa entre de 900 e 1000 metros a diversidade da comunidade era
maior que nas regiões acima e abaixo desta faixa de altitude. Os
fatores climáticos umidade e temperatura decresceram com a altitude.
Estatisticamente, esses fatores explicaram a similaridade das
espécies.
Eixo Temático: Conservação da biodiversidade.
Autor e Contato: Luis Midéia - Fundação Matutu - Fundação
Matutu
fundacao@matutu.org.br
Resumo : Tendo como propósito viver em comunidade, em harmonia
com a natureza, criando condições para a realização espiritual dos
indivíduos e possibilitando a multiplicação de nossa experiência de
desenvolvimento sustentável, um grupo de migrantes urbanos iniciou
há 18 anos atrás a mobilização e o assentamento de uma comunidade e
seu intercâmbio cultural e econômico com a população tradicional do
local, em uma área que contempla atividades agrossilvícolas,
artísticas, educacionais, ecoturísticas e preservacionistas. Como
resultado foi estabelecida uma Reserva Natural de aproximadamente
3000 ha que abriga inumeráveis nascentes e ecossistemas de altitude
e uma aldeia que desenvolve um embrião de economia solidária e
cooperativa, apoiado pela ética social e ambiental, e que irradia
sua influência para todo entorno das Unidades de Conservação
vizinhas. Os desafios relativos ao reconhecimento, por parte da
sociedade e do governo, desse novo tipo de assentamento humano e
acesso restrito a recursos financeiros que façam frente a transição
do sistema capitalista para a auto-suficiência rural foram até hoje
os principais problemas enfrentados, sendo nossa maior dificuldade
para realizar a experiência a hetereogeneidade do grupo que, formado
por diferentes habilidades, níveis sociais e idades, trouxe ao mesmo
tempo nossa maior riqueza.
Local da experiência: Matutu, vale aos pés da Serra do
Papagaio, situado no município de Aiuruoca, MG.
Resultados obtidos: Uma Unidade de Conservação
Transdiciplinar, voltada para a sustentabilidade e o aprimoramento
humano em seus diversos aspectos.
Autor e Contato: Maria Cristina Weyland Vieira - Instituto
Sul Mineiro
institutosulmineiro@yahoo.com.br
Objetivo: Conscientização ecológica da comunidade regional
sul-mineira.
Metodologia: Excursões de campo em reservas florestais.
Dificuldades Encontradas: Falta de recursos para desenvolver o
programa e para escolas visitarem as reservas florestais e o centro
de pesquisas.
Local da experiência: Fazenda Lagoa - Monte Belo - MG
Resultados obtidos: Já foram criados 4 grupos de jovens
ecologistas na região. Dois permanecem em atuação.
Título: Cursos de Educação ao Ar Livre – Outward Bound
Brasil
Autor e Contato: Maria Isabel Amando de Barros - Outward
Bound Brasil - isabelbarros@obb.org.br
Objetivo: A missão da OBB é: "Promover e conduzir programas
experienciais seguros baseados na aventura, que inspirem
auto-estima, auto-conhecimento, auto-confiança, responsabilidade,
ética ambiental e liderança voltada à comunidade"
Metodologia: Os cursos da OBB utilizam como "salas de aula"
os ambientes naturais remotos (Chapada Diamantina, montanhas da
Serra da Mantiqueira, por exemplo ) e como instrumentos de ensino
as técnicas de trekking, escalada, canoagem e camping. Os cursos
desenvolvem-se em formato de pequenas expedições com duração de 3
a 20 dias, nos quais, instrutores altamente capacitados ensinam e
auxiliam o grupo de alunos a percorrer trajetos ambiciosos através
dos ambientes naturais remotos, transferindo-lhes gradativamente
as responsabilidades e decisões quanto aos trajetos a percorrer,
escolhas dos locais para pernoite, alimentação, etc. Ao longo
dos cursos e seus trajetos, cada grupo acaba por formar
uma dinâmica social muito intensa, e neste contexto, muitos
conteúdos educacionais são abordados e desenvolvidos.
Solidariedade, responsabilidade, compaixão, educação ambiental (
as técnicas de Leave No Trace - Não Deixe Rastros ),
auto-conhecimento, liderança, higiene e cuidados com o
corpo, auto-suficiência, técnicas de vida ao ar livre,
comunicação, trabalhos comunitários, estão entre os muitos
conteúdos pedagógicos de um curso Outward Bound. Resultado
obtido: Em seu primeiro ano de trabalho no Brasil, a OBB já
proporcionou cursos a 250 crianças, adolescentes e adultos, muitos
dos quais bolsistas indicados por creches e lares para jovens. Entre
os adultos, recebemos educadores de jovens em risco social, que
passaram a reproduzir o que aprenderam conosco em seus ambientes de
trabalho. As avaliações posteriores aos cursos são extremamente
positivas. Dificuldade encontrada: A educação ao ar livre
não é uma metodologia muito difundida no Brasil e entre as nossas
maiores dificuldades estão:
- a busca pela sustentabilidade financeira;
- o acesso a áreas naturais remotas.
Eixos temáticos: Promoção da paz e da
estabilidade;
Autor e Contato: Brenner Stefan Gomes Silva - INPE -
brenner@ltid.inpe.br
Resumo: Análise exploratória de variáveis ambientais
(hidrografia, pedologia, cobertura da terra e irradiância) em
ecossistemas montanhosos para seleção de bacias ideias onde poderão
ser instaladas parcelas permanentes. Parcelas como estas são
utilizadas para se obter índices de sítio, necessários a um correto
manejo ambiental, e o estudo de impacto de mudanças
climáticas.
Local da experiência: Serra da Mantiqueira (P.E. Campos de
Jordão e P.N. Itatiaia)
Resultados obtidos: Mapeamento de bacias ideais para
implementação de parcelas permanentes, segundo as variáveis
ambientais analisadas.
Título: A montanha e a formação da consciência humana - o
papel espiritual e terapêutico das montanhas na história humana.
Autor e Contato: Evandro Vieira Ouriques - Centro de Estudos
Transdisciplinares da Consciência / Escola de Comunicação /
UFRJ
Resumo: Apresentação dos resultados de pesquisas sitemáticas
nas e com as montanhas a respeito do seu papel na formação da
consciência. As implicações filosóficas e psicológicas do "modo de
ser absoluto" das montanhas. O resultado de grupos de crescimento
realizados em imersões na "unidade sagrada da montanha" e na "Mãe
Natureza".
Local da experiência: Montanhas do Brasil e Exterior
Resultados obtidos: serão apresentados na ocasião
Autor e Contato: Vinícius de Melo Benites - vinicius@
cnps.embrapa.br
Resumo: Foram estudados os solos e sua relação com a
vegetação em 10 unidades de conservação ao longo da Mantiqueira e do
Espinhaço, todas representadas por vegetação rupestre de altitude.
Os resultados mostraram um importante papel dos solos no controle da
vegetação e diferentes adaptações da vegetação a condições de
deficiência hídrica e nutricional. Estas adaptações levaram a
criação de um banco genético de fundamental importância para
obtenção de informações sobre a relação solo e planta. Aspectos da
matéria orgânica do solo indicaram alta mobilidade de compostos
solúveis associados a elementos como ferro e alumínio, o que causa a
coloração escura das águas superficiais, especialmente em áreas
quartzíticas. A presença de elevados teores de matéria orgânica
pirogênica nos solos sugere sucessivos ciclos de queima no passado e
mostra a importância destes compostos na manutenção da fertilidade e
sustentabilidade da produção biológica.
Local da experiência: Unidades de Conservação na Mantiqueira
e Espinhaço
Resultados obtidos: Tese de Doutorado e artigos científicos
sobre a relação entre solos e a cobertura vegetal e o papel da
matéria orgânica na gênese de solos em áreas de vegetação rupestre
de altitude.
Autor e Contato: João Tavares, ONG Planeta Vivo- Instituto de Desenvolvimento
Sustentável - planetavivo@nitmail.com.br Resumo: Criação e
Implantação Da RPPN Gaia a 1400 m de altitude, no entroncamento de 3
municípios: N.Friburgo, Bom Jardim, Trajano de Morais - primeira em
toda a região. Desenvolvimento de projetos de des.
sustentável Nosso site : www.planetavivo.org. br explicita o histórico e todo o
trabalho Dificuldade encontrada: recursos Eixos
temáticos: Conservação da biodiversidade; Proteção dos
ecossistemas frágeis de montanha; Ajuda às comunidades de montanhana
Local da Experiência: Boa Esperança - Lumiar - N.Friburgo
-RJ Resultados obtidos: Criação e Implantação da RPPN Gaia
/ Diferentes Projetos Des.Sustentável, Estação Biológica de
Tratamento de Dejetos, Educação ambiental
Autor e Contato: Lorenzo Giuliano Bagini - Comissão Pró Serra
Fina e USP (geografia) - lobagini@hotmail.com Objetivo: levantamento do número de
pessoas ("ecoturistas") que passam pela Serra Fina a cada ano (desde
1995). Metodologia: levantamentos de campo e apoio
bibliográfico Resultados ampliados: os dados levantados
tem servido como base para o planejamento quanto ao desenvolvimento
turístico local/regional. Os dados estão contextualizados em uma
pesquisa mais ampla, onde o surgimento e evolução da consciência
ambientalista são analisados. Problemas identificados:
crescimento em progressão geométrica do número de "turistas" nas
porções mais elevadas e frágeis do do ecossistema local (acima dos
2000m, até 2797m na Pedra da mina) Dificuldades
encontradas: falta de verbas e tempo Local da
Experiência: Maciço da Serra Fina/Pedra da Mina - Serra da
Mantiqueira Resultados obtidos: Dados sobre a evolução da
taxa de visitação na Serra Fina nos últimos 7 anos
Título: Projeto Monitor de Ecoturismo - Resende/RJ www.projetomonitor.hpg.com.br
Autor: Antônio Leão - tel: (24) 3354 7042 - artepmr@resenet.com.br
Realizado pela Prefeitura de Resende através da Secretaria do
Meio Ambiente.
Objetivo: Promover a conservação do patrimônio natural de
Resende a partir da mobilização de excursionistas, guias, visitantes
e comunidades locais.
Metodologia utilizada: Iniciamos em fevereiro de 2002 com um
curso de formação de monitores. São 22 alunos e 23 instrutores
voluntários que também participam do mapeamento e monitoramento das
trilhas em Resende.
Resultado obtido: Foram realizados levantamentos em Visconde
de Mauá e na APA da Serrinha. O projeto produziu um folheto para a
APA da Serrinha.
Principais problemas identificados: Danos à vegetação, erosão
e poluição dos mananciais.
Principal dificuldade encontrada para realizar a experiência:
Limitação inerente ao trabalho voluntário.
Eixo temático: Proteção dos ecossistemas frágeis de
montanha.
Título: Ecologia e biogeografia de
plantas sobre rocha no Planalto do Itatiaia
Autores: Katia Torres Ribeiro1, Branca M. O.
Medina e Fábio Rubio Scarano
1
Contato: Divisão de Conservação dos Recursos Ambientais,
Diretoria de Conservação da Natureza, Instituto Estadual de
Florestas/ RJ, Rua Fonseca Teles, 121, 6o andar. São
Cristóvão, Rio de Janeiro – RJ. katiatribeiro@bol.com.br
Objetivo : Este estudo tratou das plantas que crescem sobre
rocha, no Planalto do Itatiaia (22o21’S,
44o40’W). Elas se distribuem como ilhas de vegetação
isoladas umas das outras, pois a combinação de muitos fatores
abióticos limitantes dificultam o crescimento de plantas nas partes
convexas das rochas. Foram investigados os padrões biogeográficos, a
distribuição espacial das espécies e das comunidades, relações de
facilitação entre plantas e as variações sazonais e interanuais das
comunidades.
Metodologia: As espécies presentes em 134 pequenas ilhas de
vegetação (total: 0,034ha), dispersas nas rochas da região das
Prateleiras, foram registradas, identificadas e acompanhadas
mensalmente por dois anos consecutivos (três verões). Levantou-se a
distribuição geográfica das espécies, os padrões de distribuição
espacial em relação à topografia da rocha, padrões de co-ocorrência
entre espécies pioneiras e plantas associadas a elas, bem como os
padrões temporais.
Resultado obtido: Foram encontradas 114 espécies de plantas
vasculares, que correspondem a ca. de 25% da flora de todo o
Planalto. Muitas delas são endêmicas ao Itatiaia e adjacências, e
cinco ocorrem quase exclusivamente sobre rochas. Esta flora se
aproxima da de outras vegetações sujeitas a temperaturas congelantes
e é distinta de outras floras rupícolas dentro da faixa
tropical.
A variação topográfica e microclimática explica
parte da diversidade de plantas encontradas em tão pequena área, que
podem ser vizinhas mesmo com fisiologia contrastante. Os processos
de sucessão são lentos e as comunidades apresentam a mesma estrutura
por longo tempo, a não ser quando perturbadas, como por pisoteio ou
fogo. O fogo, que pouco alcança as rochas, acarreta mudanças no
entorno com efeitos indiretos sobre essas plantas, como entrada de
gramíneas e espécies invasoras, e mudança na disponibilidade de
nutrientes. Mesmo assim, as rochas são importante abrigo para
plantas sensíveis ao fogo, como em muitas outras partes do mundo.
São fornecidos também subsídios para indicar quais
plantas podem ser postas em consorciação em planos de
revegetação.
Problemas identificados: As plantas sobre rocha vêm sofrendo
progressivamente com o pisoteio e com a abertura de vias de
escalada. No Itatiaia, registramos os efeitos indiretos dos
incêndios. Há retirada de plantas em flor, principalmente o lírio
(Hippeastrum morelianum). Em termos científicos, está claro
que os processos são relativamente lentos e a distinção entre ciclos
e tendências reais de mudanças depende de estudos a longo prazo, que
ainda recebem pouco estímulo no País.
Dificuldade encontrada: Certamente, a falta de dados
meteorológicos consistentes. Em montanhas, os dados dificilmente
podem ser extrapolados de uma região para outra, dada a imensa
variação espacial e altitudinal.
Eixos temáticos: Proteção dos ecossistemas frágeis de
montanha; Conservação da biodiversidade
Autor e Contato: Udson Dias de Oliveira Júnior- Universidade
Federal de Santa Catarina / Programa de Pós Graduação em Engenharia
Ambiental - udson@ens.ufsc.br Resumo: Este artigo
comenta os resultados da aplicação de uma metodologia multicriterial
na delimitação inicial de unidades de conservação. Utilizou-se como
estudo de caso o Parque Nacional São Joaquim, em Santa Catarina. Os
critérios aplicados foram os seguintes: topográfico, hidrológico,
geológico, ecológico e paisagístico. Dois são os objetivos
pretendidos com este artigo: dar uma justificativa científica ao
traçado de uma unidade e elaborar um argumento pedagógico para a
mediação com a comunidade local e proprietários de terras da área
considerada. Local da Experiência: Parque Nacional São
Joaquim, em Santa Catarina Resultados obtidos: O primeiro
resultado a destacar foi a revisão da área do traçado histórico,
cuja planimetria sobre as cartas do IBGE apontou apenas 44.447 ha,
aproximadamente 5.000 ha a menos que o estipulado no decreto.
Estamos a 41 anos divulgando um mapa com uma imprecisão destas. O
segundo resultado foi a obtenção de um novo traçado propositivo,
ainda com muitas indefinições, principalmente por falta de
observações de campo, mas mostrando a bondade da metodologia
utilizada. Neste novo traçado, ampliou-se o traçado histórico
chegando-se a uma área de 49.377 ha. O terceiro resultado foi a
construção do texto propositivo da nova demarcação, com a
consideração dos cinco critérios considerados pela metodologia. Este
texto amplia e identifica uma carga de justificativas para o
traçado, passível de servir como argumento pedagógico numa mediação
com a comunidade e com os próprios técnicos envolvidos na questão.
Título: "Ecossistemas de Montanha e a Conservação dos
Recursos Hídricos - Propostas de gestão integrada e participativa na
bacia do rio Paraíba do Sul." Autor e Contato: Cláudia
Silva Teixeira - Laboratório de Hidrologia COPPE/UFRJ - claudia@microlink.com.br Objetivo geral:
fornecer subsídios ao processo de gestão descentralizada e
participativa dos recursos hídricos. Objetivos
específicos: a) analisar os aspectos socioambientais que
resultam na degradação dos ecossistemas e dos recursos hídricos da
bacia do Paraíba do Sul; b) contribuir para a discussão de
alternativas ao modelo predatório de ocupação/uso do solo, que
considerem formas de gestão integrada e participativa; e c)
contribuir para a manutenção e a expansão dos remanescentes da Mata
Atlântica que ocorrem nas regiões montanhosas, visando a preservação
dos ecossistemas e a garantia de quantidade e qualidade dos
mananciais nas sub-bacias a que pertencem. Metodologia: A
bacia do Paraíba do Sul estende-se na Região Sudeste do Brasil por
cerca de 55.400 km², uma área superior ao Estado do Rio de Janeiro,
onde a bacia ocupa quase a metade (21.000 km²), além dos 13.500 km²
do curso superior, em terras paulistas, e de 20.900 km² das
sub-bacias mineiras. Os principais remanescentes dos ecossistemas
florestais, hoje reduzidos a menos de 15% de sua extensão original,
estão nas regiões montanhosas da bacia - nas serras do Mar e da
Mantiqueira - onde também se verifica alta vulnerabilidade ambiental
pelo avanço da ocupação, a partir dos eixos urbanos, sobre solos
mais suscetíveis à erosão. Ações de controle dos desmatamentos e de
recuperação florestal da bacia devem priorizar as áreas montanhosas,
especialmente das sub-bacias em condições mais críticas e de maior
importância ecológica e social, como mantenedoras dos mananciais
hídricos. Ações dessa natureza só podem ser realizadas de modo
eficaz se envolverem a participação integrada dos usuários e das
instituições públicas que atuam na bacia. Com a cobrança pelo uso de
água, aprovada em 2001 pelo Comitê da Bacia (CEIVAP), a partir de
2003 haverá uma crescente disponibilidade de recursos financeiros
que poderão cobrir custos de proteção das áreas montanhosas. Neste
trabalho, com base em estudos já realizados sobre uso do solo,
cobertura vegetal e vulnerabilidade ambiental na bacia do rio
Paraíba do Sul, são indicadas sub-bacias prioritárias à proteção e à
recuperação e discutidos procedimentos para que se envolva o maior
número possível de usuários e instituições públicas na gestão dessas
áreas. Local da Experiência: Bacia do rio Paraíba do Sul
(Estados SP, MG e RJ) Resultados: Conhecimento das
condições ambientais que indicam sub-bacias prioritárias a ações de
proteção e recuperação florestal, visando a conservação de
mananciais.
Título: Mobilização popular contra a construção UHE
Cubatão Autor e Contato: Paulo Tajes Lindner - SOS Cubatão
- ptlindner@hotmail.com Resumo da Experiência:
oito anos de luta contra a construção da UHE Cubatão que culminaram
com a criação da RPPN Caetezal, com 6.500ha., o que inviabilizou a
construção da referida usina. Atualmente os empreendedores estão
tentando anular o título de RPPN.
Em outubro de 95 foi realizada a Audiência Pública. Um fato que
chamou a minha atenção foi que o projeto datava de 1980. No início
de 96 comecei a buscar informações, tendo em vista que o meu pai
possui na serra Dona Francisca 8.500ha.que, desde 1977, tornaram-se
as primeiras áreas particulares protegidas do Brasil. Busquei
auxílio junto a Fundação SOS Mata Atlântica e, em maio de 1997,
tinha em mãos, um parecer jurídico chamando a atenção para toda uma
série de problemas que o referido projeto causaria para a Floresta
Atlântica (serra Dona Francisca), para a questão do abastecimento de
água potável para a população, problemas geológicos, ameaças a
espécies ameaçadas de extinção, espécies endêmicas, sítios
arqueológicos, dentre outros. Desde então, sabiamos que a relação
custo/benefício seria algo, no mínimo impagável pela população
joinvilense. Ocorre que, do outro lado, "os empreendedores" (40%
Centrais Elétricas de SC + 40% INEPAR/PR + 20% Desenvix) segundo se
ouvia falar, haviam feito acordos de campanha, troca de favores e
toda a sorte de sacanagens que visam beneficiar uma minoria em
detrimento do comprometimento com a qualidade de vida da grande
maioria. Nosso objetivo era o de impedir a construção dessa usina e
nossa estratégia (metodologia) era a de ganharmos tempo, para, quem
sabe, mata-los no cansaço. Coloquei toda a questão na Procuradoria
da República (Jlle) e de lá, o Procurador encaminhou todo o processo
para Brasília (4a Câmara/DF). A cada alegação sobre a
"necessidade" de se construir a usina, lá vínhamos nós, com todo o
tipo de contra argumentação e dados técnicos/científicos referentes
a hidrologia, geologia, aspectos da fauna e flora, etc. Em 25.03.99
nasceu o Comitê SOS Cubatão. A partir de então fizemos panfletagem
nas ruas, venda de bottons, adesivos e camisetas, festas, protestos
e etc. Foram realizadas 03 sessões especiais na Câmara de
Vereadores de Joinville (CAPITULO A PARTE), de uma questão local,
ganhamos o estado, o Brasil e por último, apoio internacional. O SOS
Cubatão esteve em Berlim, com o PV no Bundeschtag. Como parte da
estratégia, em abril de 2001 dei início a um novo processo de RPPN.
Em novembro, o Presidente do IBAMA assinou a Portaria no 168.
Finalmente o salto do rio Cubatão, com seus 369m de queda, estava
"temporariamente salvo". A história não acabou! Local da Experiência: Joinville, Santa
Catarina Resultados obtidos: Conseguimos proteger uma área
de incalculável relevância
Autor e Contato: Ronaldo Franzen Jr. Nativo - cpm@ieg.com.br Resumo: O Clube Paranaense de Montanhismo, é uma
entidade civil sem fins lucrativos, com os objetivos de preservar as
montanhas e divulgar o montanhismo, através de cursos, palestras e
atividades de mutirão de limpeza e arrumação de trilhas. as quais
vem executando na Serra do Mar do Paraná desde sua fundação em
1978. Gostaria de apresentar nossa programação de cursos de
Iniciação ao Montanhismo, e Escalada em Rocha, essenciais para
formar novos adeptos conscientizados e dispostos a trabalhar em prol
da preservação de nossas montanhas e áreas de escalada. A nossa
maior dificuldade é a falta de continuidade do trabalho voluntário e
falta de apoio dos órgãos estaduais. Local da Experiência:
Serra do Mar do Paraná Resultados: Diversas trilhas
recuperadas.
Título: Estudo de Viabilidade do Ecoturismo no Monte Crista -
Garuva, SC Autor e Contato: Orlando Ednei Ferretti -
ferretti@ielusc.br Objetivo: Avaliar o potencial
Ecoturístico do Monte Crista, proporcionando um espaço para subsídio
pedagógico e de pesquisa. Metodologia: Na construção do
projeto e na articulação da pesquisa foram realizados levantamentos
bibliográficos para o entendimento de questões relacionadas ao
ecoturísmo, capacidade de carga e quanto ao histórico da área.
Trabalho de mapeamento das trilhas da região em gabinete (construção
digital do mapa da região com base em imagens de satélite). Trabalho
de campo com levantamento fotográfico e com os pontos em GPS.
Entrevistas com ecoturistas. Resultados: A fim de se
cumprir o objetivo do projeto foi construído um diagnóstico inicial
da área que deve ser ampliado na perspectiva de construção de uma
unidade de conservação no ambiente. Problemas
identificados: principalmente o excesso de indivíduos que
visitam a área sem o mínimo de preocupação com o
ambiente. Dificuldades encontradas: A maior dificuldade
está relacionada quanto ao financiamento das pesquisas, mesmo
contando com a articulação de alunos e professores. Local da
Experiência: Serra do Quiriri - Monte Crista, Garuva -
SC
Autor e Contato: Hamilton Miragaia - PAULETTE@DIRECTNET.COM.BR Objetivo: Minimizar o
impacto da visitação turística em S. F. Xavier.
Metodologia: Aumentar a auto-estima dos moradores da
região serrana e evitar o choque cultural entre as pessoas
imigrantes da região e preservar os recursos natural e cultural; com
isso estimular um trabalho sócio-ambiental no município
desenvolvendo uma melhor qualidade de vida para todas as pessoas,
assim preservando um ecossistema ecologicamente equilibrado para
presentes e futuras gerações.
Resultados: Maior interesse nas crianças e jovens da região
para que ficassem em seu município e não serem mais um imigrante nos
grandes centros urbanos, também a grande valorização de raízes.
Ampliação da conscientização do município e a criação de um plano
diretor voltado especialmente os olhos no recurso natural.
Problemas identificados: especulação imobiliária, uso
incorreto do recurso natural. Dificuldades encontradas: falta
de apoio do poder público e pressão de donos de agências de
turismo.
Local da Experiência: São Francisco Xavier -
SP
Título: A Federação de Montanhismo do Estado do Rio de
Janeiro - organização da comunidade e proteção do ambiente de
montanha Autor: Vários - FEMERJ
Contato: Bernardo Collares Arantes - FEMERJ - tioze@uol.com.br Objetivo: Organização da comunidade de
montanhistas e discussão sobre estilos de escalada, segurança,
acesso às montanhas e impacto nas áreas
naturais. Metodologia: Debates para busca de soluções em
assembléias mensais, fórum eletrônico (mailing list FEMERJ) e
constituição de grupos e trabalho. Resultados:
Experiências principalmente voltadas à preservação ambiental, acesso
e segurança nas montanhas. As mais restritas ao montanhismo em si
não serão relatadas. Diversos Grupos de Trabalho (GTs) já foram
formados e estão em atuação. Destacam-se os seguintes: - Mínimo
Impacto em Paredes, visa a preservação da flora rupícola, através de
medidas educativas e restritivas; - SOS Urca - recuperação de
trilhas e reflorestamento no complexo da Urca, na cidade do Rio de
Janeiro, onde fica o Pão de Açúcar; - Rio Interior - organização
do montanhismo no interior do estado; Ajax - recuperação da trilha e
da vegetação no Ajax, área intensamente visitada na travessia
Petrópolis-Teresópolis, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos;
- Parque Laje X Corcovado - Recuperação da trilha que liga o
Parque Lage as paineiras, no Parque Nacional da Tijuca, - Guias -
Criação das regras de homologação dos Guias de Montanha pela FEMERJ
- PNT - ISO 14001 - cooperação na parte ambiental e esportiva
junto ao Parque Nacional da Tijuca para que este obtenha a ISO
14001; - Livros de Cume - registro e recuperação destes livros
que registram a história do montanhismo a partir do que é descrito
no cume. - Homologação dos cursos básicos de montanhismo - para
fazer frente à multiplicação de cursos, que deixam em aberto a
questão da segurança e qualidade, dentre outras
atividades. Problemas encontrados: Pelo fato do
montanhismo ser praticado aqui no Brasil a quase um século e que as
instituição existentes até então não conseguiam atuar de forma mais
ampla, a federação encontrou um acumulo de problemas que estão sendo
resolvidos um a um. Dificuldades encontradas: Comunicação.
Esse é um dos grandes problemas. Apesar dos problemas serem muitos,
há um grande número de pessoas que, de forma voluntária, estão
ajudando na solução. Mas em compensação há também muitas pessoas
que, ficando à distância, não recebem informações corretas e, ao
invés de procurarem informações sobre suas dúvidas, ficam de longe
criticando e o pior é que ficam criticando coisas que não
existem. Eixos temáticos: 2 - Proteção dos ecossistemas
frágeis de montanha; 3 - Conservação da biodiversidade; 4 -
Promoção da paz e da estabilidade; Local da Experiência:
Estado do Rio de Janeiro Resultados: Organização da
comunidade de montanhistas
Autor e Contato: Francisco A. Dupas - Universidade Federal de
Itajubá - dupas@iem.efei.br Objetivo: Analisar o
caso do licenciamento ambiental da PCH Ninho da Águia, Delfim
Moreira, MG em altitude de 1120 metros e dentro da APA da
Mantiqueira. Metodologia: A Prefeitura Municipal de Delfim
Moreira,MG, recebe da FEAM/MG o EIA/RIMA da PCH Ninho da Águia para
análise e eventual licença de instalação. Diante da tal solicitação,
a UNIFEI/LAPAG (Lab. de Análise, Planejamento Ambiental e Geomática)
foi procurado pela prefeitura para avaliar e elaborar relatório
sobre o referido EIA/RIMA, a ser apresentado à FEAM e em Audiência
Pública. Resultado obtido: O relatório apresentou as
seguintes questões não mitigadas: a) a Lei 9433 não estava sendo
considerada pois deixava sem água usuários antigos de irrigação,
dessedentação de animais e lazer; b) a não consideração das linhas
de transmissão no EIA e; c) erros no diagnóstico
ambiental. Resultou em: - Elaboração de novo EIA/RIMA -
Identificação de falha no processo de licenciamento
ambiental - Empreendedor interessado - Exercício de
cidadania
Principais problemas identificados: a)Empreendedor-Falha
na forma de apresentação dos dados na Audiência
Pública; b)FEAM-Encaminha EIA direto para
prefeituras; c)Prefeituras?Sem corpo técnico; d)Mudança do
executivo e parada no processo de avaliação do projeto. Principal
dificuldade: a)Além das tensões provocadas pela baixa qualidade
do EIA apresentado, não existiram dificuldades; b)As Prefeituras,
a não especialização de seu quadro de funcionários, devem solicitar
auxílio técnico quando necessário. Local da Experiência:
Delfim Moreira, MG Resultados: Positivos em função da
disponibilidade do Empreendedor (Centrais Elétricas da Mantiqueira)
em reconsiderar e elaborar novo EIA/RIMA.
Autor e
Contato: Anderson Magalhães Naves - Grupo Excursionista Agulhas
Negras anderson@resenet.com.br Resumo da Experiência: Ecoturismo,
aplicação de apresentação temática para caminhada guiada, técnicas
de mínimo impacto, atividades lúdicas e de
sensibilização. Local da Experiência: Região das Agulhas
Negras Resultados: Mudanças de comportamento em relação à
preservação ambiental.
Título: Corpo de Socorro em Montanha - COSMO
Autor e Contato: Dálio Zippin Neto - COSMO -Corpo de Socorro
em Montanha - webmaster@cosmo.org.br
O Cosmo é uma equipe de socorro em áreas montanhosas que atua na
Serra do Mar, porção paranaense. A equipe é formada por montanhistas
voluntários. Fazemos resgates de pessoas em situação de perigo
nesses ambientes e promovemos também a conservação das trilhas e
vias de escaladas existentes no Parque Estadual Marumbi - PR, como
forma de preservar nossas montanhas e prevenir acidentes.
Objetivos: manter o trabalho voluntário de prevenção de
acidentes, busca e resgate em montanha como força auxiliar ao Corpo
de Bombeiros do Paraná; contribuir, em ação conjunta com o Governo
do Estado do Paraná, na operacionalização e manejo do Parque
Estadual Marumbi, no que diz respeito a aspectos de segurança,
educação ambiental, mapeamento e conservação de trilhas e vias de
escalada; prestar atendimento imediato em ocorrências de acidentes
na área de abrangência do Parque Estadual Marumbi.
Metodologia: Formação de uma equipe especializada em busca e
resgate na Serra do Mar. Treinamentos técnicos trimestrais e
plantões nos fins-de-semana no Parque Estadual Marumbi. Trabalhos de
recuperação e adequação de trilhas e vias de escalada em
rocha.
Resultados: Diminuição dos acidentes na área. Estabilização
das trilhas do parque. Melhora na segurança das trilhas e vias de
escalada. Conhecimentos e tecnologia repassados ao Corpo de
Bombeiros e montanhistas em geral através dos diversos cursos
ministrados.
Problemas identificados: São muitas as ações realizadas
(formação da equipe, formação dos cursos, plantões, recuperações de
trilhas, recuperação de vias de escalada, buscas, resgates) e cada
uma delas apresenta uma série de problemas identificados, não
cabendo aqui a explicação de cada um deles.
Dificuldades encontradas: Ter tempo disponível para realizar
as ações propostas pois como voluntários temos limitações quanto a
disponibilidade de tempo para o trabalho na equipe.
Eixo temático: Nossa experiência pode ser agrupada dentro do
eixo temático: Proteção dos ecossistemas frágeis de montanha, bem
como proteção das pessoas que visitam tais ambientes.
Autor e Contato: Leandro Léo Ferreira - Aluno de Agronomia da
UFRRJ
Estagiário do IEF/MG - leandroleo01@hotmail.com
Objetivo: Conhecer o entorno do Parque Estadual Nova Baden,
situado no município de Lambari - mg.
Resumo: O entorno do Parque Estadual Nova Baden, em Lambari -
Minas Gerais, é constituído pelas comunidades dos bairros Nova
Baden, Serrinha e Piripau. Ao elaborarmos este trabalho objetivamos
conhecer esse entorno, analisando aspectos como: o tamanho das
propriedades, produção agrícola (consumo, venda), renda principal da
família, interação das pessoas com o Parque, identificação de alguns
aspectos que ajudam a entender melhor a situação atual, bem como, da
dificuldade de se desenvolver este tipo de trabalho.
Foi feito um levantamento em 100 propriedades com o uso de
questionários como meio de adquirir as informações.
Dúvidas sobre o
Seminário? Clique
aqui
CARTA
PARA O ECODESENVOLVIMENTO DAS MONTANHAS Fórum
Eletrônico
|